
Lembrando o antigo jingle de um banco que já não existe mais... "o tempo passa, o tempo voa" mas certas coisas permanecem, principalmente as boas. A chamada disco music teve seu auge no final década de 70 e foi responsável pela transição do flower power de Janis e Hendrix para os astros pop Michael e Madonna nos anos 80. O gênero oriundo do soul e do R&B catapultou o jovem John Travolta ao estrelato no célebre “Os Embalos de Sábado à Noite” (1977) e tomou conta das mais variadas pistas do mundo com petardos dançantes de Kool & The Gang a Bee Gees. Passada a febre das discoteques, o ritmo perdeu seu posto de protagonista mas nunca mais foi esquecido. Sucesso garantido em nove entre dez festas de casamento, Abba, Ce Ce Peniston e The Village People ainda ganhariam uma bela homenagem na comédia musical “Priscilla, a rainha do deserto” (1994) que trouxe “I Will Survive” e Gloria Gaynor de volta a mídia planetária. Na última década, quem faz questão de manter a pista animada e a “noite quente” é a banda americana Scissor Sisters . As “irmãs tesouras” – gíria para uma posição sexual entre mulheres – bebem diretamente da fonte setentista e chegam agora ao espetacular “Night Work” (2010), terceiro disco de um caminho trilhado sob o mantra disco. Batida firme, letras irreverentes e a energia contagiante dos shows da banda estão muito bem registrados neste álbum. “Night Work” abre com a faixa homônima num beat tão contagiante que é capaz de tirar até os mais preguiçosos da frente da TV num domingo à tarde. Em “Whole New Way”, impossível não lembrar dos primeiros sucessos radiofônicos de Prince e George Michael ainda embalados pelos passinhos coreografados de Tony Manero. E o agito não para com “Fire With Fire”, “Invisible Light” e o single “Any Wich Way”. E pensar que “Night Work” nasceu da insatisfação de Jake Shears e Babydaddy – fundadores do Sisters – que, em 2009, jogaram fora canções e um disco inteiro prontos e partiram do zero novamente para chegar a esta obra prima que conquista uma cada vez mais numerosa legião de fãs, que levam muito a sério o termo “divirta-se!”.




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