Cover is cool!

Adoooooro!!! Esta expressão (com vários ooooos) - tão comum no mundo fashion atual - é a que melhor define o meu prazer em ouvir covers de canções pops mundo afora. Arranjos descontruídos, vozes e interpretações completamente diferentes das versões originais despertam em mim uma enorme surpresa e satisfação quando reconhecidas de sopetão numa audição sem compromisso ou mesmo por acaso numa viagem pela web.
Lá em casa tem umas coisas como “Rock Swings” (2005), com o canadense Paul Anka em arranjos orquestrados de canções que habitavam os dials radiofônicos dos anos 80 e 90, assim como o “Pop in Swing” (2008) do septeto francês Pink Turtle, numa pegada mais jazzística de sucessos que você, sua mãe e, talvez, até o seu cachorro conheçam de cor. A lista é grande mas ainda lembraria de citar “Hollywood, Mon Amour” (2008) produzido por Marc Collin, um dos cabeças do Nouvelle Vague, grupo que já retrabalhou diversas canções dos anos 70 e 80 tornando-se, inclusive, uma referência para este tipo de releitura.
Minha última alegria foi ouvir o segundo trabalho do duo americano Pomplamoose chamado “Tribute to Famous People” (2010). O nome do disco já diz muito. “La Vie En Rose”, celebrizada na voz de Edith Piaf, “Beat It” do megastar Michael Jackson, e “September”, do disco/soul Earth, Wind & Fire, ficaram excelentes na voz doce de Nataly Dawn, que trata dos arranjos e toca vários instrumentos, assim como o namorado Jack Conte. Para completar o serviço, o Pomplamoose – grapefruit ou pomelo em bom português – ainda grava tudo em vídeos simples e bem acabados que são postados numa página exclusiva no YouTube. Lá dá pra ver e ouvir as versões para “Telephone”, de Lady Gaga, e o beat gostoso que ganhou “Single Ladies”, de Beyoncé Knowles.