6.8.11
Respingos tropicais do Copacabana Club.
Uma banda pode se destacar de duas formas: re-inventa a roda ou coloca várias delas juntas e sai por aí se divertindo muito. O Copacabana Club optou pelo segundo caminho com uma junção de influências modernas que não se cristalizam em inovação sonora, mas se traduzem em muita autenticidade e diversão. O Copacabana Club é claramente uma das bandas nacionais com a identidade mais bem formada na cabeça do público. Um delicioso indie-rock dançante tropical!
Se existe algo que pode ser dito sobre o Copacabana Club é que estes curitibanos sabem direitinho o valor da produção. Desde seu surgimento, quando a banda tinha apenas umas poucas dezenas de shows no currículo, os Copas maximizaram sua exposição com o muito bem produzido clipe de “Just Do It” e uma imagem impecável. A estrada se tornou a mãe da banda e os shows em palcos cada vez maiores trouxeram a necessidade de construir uma sonoridade mais cheia e bem-acabada.
Foi aí que o produtor Dudu Marote entrou em cena. O disco levou mais de 1 ano e meio sendo gravado e afinado em seus mínimos detalhes. A experiência de Dudu com a música pop e também com a eletrônica caíram como uma luva para a banda. Guitarras, baixo, teclados, bateria e vocais conspiram de forma harmônica para criar o clima ensolarado e bem-humorado de “Tropical Splash”. O disco soa como deveria: grandioso, energético, sensual e divertido.
As composições novas também são um grande destaque do disco. A faixa “Pas Toujours” (com a proeminência da voz do guitarrista Alex) é uma das mais bacanas de “Tropical Splash”, com seus sintetizadores ligeiramente desafinados, baixo a la New Order e guitarrinhas emulando gaivotas. Elegante. A faixa “Tropical Splash”, que dá nome ao disco, também é bem bacana. Segundo a vocalista Cacá V, a música surgiu durante aulas de natação e, cá pra nós, tem cheiro de hit e já vou soltar na pista da festinha de um camarada amanhã.
E talvez um dos pontos que mais avançaram das primeiras demos dos Copas para este lançamento tenha sido justamente a presença da voz de Cacá. Enquanto os primeiros registros da banda carregavam sua voz com uma quantidade meio exagerada de efeitos, em “Tropical Splash” sua presença é muito mais segura e natural. Desta vez, conseguimos ouvir as pequenas nuances de timbre em sua voz. Momentos de rouquidão, arranhados, pequenas desafinadas, dinâmicas diferenciadas. Está tudo lá e isso é muito bom, dá ainda mais personalidade ao som do Copas.
“Tropical Splash” é o retrato de uma banda que consegue levar muito a sério seu trabalho e ao mesmo tempo não levá-lo nada a sério. O Copacabana Club não quer inventar nenhuma roda, mas encara com audácia o objetivo de fazer todo mundo dançar. Bela estreia!
Tropical Splash by copacabanaclub
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