28.4.12

Saias e seis cordas: ótima combinação



Lembrando o meu passado recente, reconheço que rock ‘n roll está na raiz da minha formação e interesse musical. A preferência pelo estilo é algo bem comum entre meninos adolescentes por sua carga de transgressão e rebeldia.

Desde que o rock, inicialmente considerado provocativo e maldito, popularizou-se através de ícones como Chuck Berry e Elvis Presley é fato que as guitarras costumam ser empunhadas por homens. Difícil lembrar na história de alguma mulher que tenha ganhado a alcunha de guitar hero – expressão utilizada para designar os bambambãs das seis cordas eletrificadas. Mas tenho que confessar: adoro mulheres tocando guitarra!

Já há muitos anos não é nada incomum ver guitarristas do sexo feminino dedilhando e empurrando riffs com maestria. Pensando rápido, é fácil lembrar, por exemplo, de Courtney Love (ex-primeira dama de Kurt Cobain, do Nirvana) que liderava lindamente o grupo feminino Hole surgido no fim dos anos 80. Mais clássico é recordar de Patti Smith e sua inconfundível postura punk nos idos de 70 ou ainda de nomes mais recentes como Avril Lavigne, KT Tunstall, PJ Harvey e até mesmo a brasileira Pitty.

Bacana mesmo é quando elas dão as cartas à frente de uma banda inteirinha de homens. Chrissie Hynde que o diga após anos tocando sucessos como “Don’t get me wrong” e “Middle of the road” à frente do Pretenders. E o que dizer de Joan Jett liderando o The Blackhearts? Pura energia!!

Mais recentemente, dois nomes me chamaram a atenção: Erika Wennerstrom, do Heartless Bastards – frequentemente comparados ao Black Keys, também do estado americano de Ohio –, que acabam de lançar o excelente “Arrows” e Brittany Howard, do Alabama Shakes, que joga no mercado sua primeira bolacha, “Boys & Girls”, numa sonoridade que lembra algumas composições de Jack White no Raconteurs. Aliás, o cara tirou agorinha do forno um disco excelente. Pena que ele não usa saias…

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