15.7.12

Todo dia é dia de rock



Folk rock, blues rock, surf music, soft rock, glam rock, heavy metal, hard rock, rock progressivo, punk rock, garage rock, hardcore, grunge, nu metal, indie rock, pós-punk e, no Brasil, o BRock de Legião, Barão, Paralamas e Capital. Um parágrafo inteiro não é suficiente para dar conta da rica, inventiva, moderna e histórica vida do rock, o gênero musical mais difundido no mundo.

A origem é creditada à fusão do blues, country e rhythm blues com o forte tempero dos negros americanos, na virada dos anos 40 para os 50. Os pioneiros Bill Haley, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis e Little Richard tornaram-se ícones do gênero catapultado para as paradas de sucesso com a ajuda de um branquelo dono de uma linda voz e um rebolado inigualável: Elvis Presley. Estava assim sedimentada a raiz do gênero que seria regada por muitos seguidores e superalimentada pelos riffs de guitarra dos britânicos The Beatles e The Rolling Stones.

O estilo foi inicialmente associado ao satanismo, mas não demorou para conquistar corações e cinturas da juventude e ainda serviu como agente transformador – unindo, pela primeira vez, brancos e negros em torno de um único gênero musical. Nascia o termo rock and roll pelas mãos do discotecário Alan Freed que, em 1951, tocou sucessos da época – e conquistou! – para uma plateia multirracial, fato raro nos Estados Unidos.

Desde então o rock esteve conectado aos movimentos de contracultura ao redor do mundo: os beatniks, os hippies, os punks, todos foram influenciados pelo poder libertário do som apoiado no triunvirato baixo, guitarra e bateria. Seu poder transformador influenciou diversas culturas em setores como a indústria, os serviços, a moda. A jaqueta de couro preta talvez seja o grande ícone do estilo roqueiro e presente até os dias de hoje.

Na última década, o gênero cedeu espaço para o pop e dissociou-se do caráter primordialmente “rebelde”. Sua grande virada acontece justamente no dia em que é mundialmente celebrado: 13 de julho de 1985. Os britânicos Bob Geldof e Midge Ure serão os eternos responsáveis. Naquela data seria realizado, por conta e ordem deles, o Live Aid, um dos maiores eventos da história a ser televisionado via satélite e que reunia os maiores nome do rock à época em prol da arrecadação de fundos para o combate à fome na Etiópia. Realizados, simultaneamente, no Wembley Stadium, em Londres, e no John F. Kennedy Stadium, na Filadélfia, os concertos reuniram um público estimado em 1,5 bilhão de espectadores, em mais de 100 países, que assistiram ao vivo lendas como Paul McCartney, The Who, Bob Dylan, Queen, U2, Black Sabbath, Led Zeppelin, David Bowie, Eric Clapton, Beach Boys, B.B. King, entre outros.

E, assim, desde “Rocket 88″ (Ike Turner/Jackie Brenston), de 1951, considerada a primeira gravação de rock n’ roll, até os últimos lançamentos, o rock nunca perdeu sua majestade. Vida longa!

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