2.9.12

Vá de vintage!



Toda manhã de sábado é dia de feira de antiguidades no centro do Rio de Janeiro. A Praça XV lota de barraquinhas com uma enorme variedade de ítens do passado: máquinas fotográficas, brinquedos, óculos, carros, luminárias, brincos e colares, vitrola e vinis, telefones e rádios. O vintage é up to date e ganha mais força a cada dia, e o universo da música não poderia escapar.

Já faz um tempo que artistas abusam desta tendência em seus videoclipes e capas de discos, mas agora eles incorporaram de vez. Começamos pelas quatro garotas americanas do The Like, com seu rock alternativo retrô. Elizabeth “Z” Berg (vocal/guitarra), Laena Geronimo (baixo), Tennessee Thomas (bateria/vocal) e Annie Monroe (órgão) formaram a banda em 2001, e carregam nos olhos com muito delineador e lápis de olho, no topete e franjinhas, e em roupas, toda a inspiração sessentista. Na discografia estão incluídos dois álbuns, ”Are You Thinking What I’m Thinking?”, de 2005, e “Release Me” (2010), além de três Eps.

A irlandesa Imelda May é mais uma que parece viver em outra década, e escolheu os anos 50 para se inspirar. Veste-se como as pin ups, em estampas de oncinhas e bolinhas, sapatinhos peep toe, batom over vermelho, olhos de gatinha, topete rolls compõem o seu estilo – além, claro, de sua bela voz. Lançou seu primeiro disco em 2003, “No Turning Back”, mas seu trabalho mais conhecido chama-se “Love Tatto“, lançado em 2008. Diva total rockabilly! Por falar em bela, a cantora e atriz Zooey Deschanel não lembra a atriz Anna Karina, famosa nos anos 50? Não é a toa que é outra que encanta com seu guardarroupa e jeitinho cool vintage.

E para não dizer que os meninos ficaram de fora, deixo aqui um retro rocker que encanta os olhos femininos: Nick Waterhouse. Um legítimo nerd branquelo da Califórnia, nascido em 1987 e que anda bombando no cenário underground dos EUA nos últimos dois anos. Sua música vem acompanhada da excelente banda The Tarots com referência do R&B dos anos 50 e 60. Depois de chegar com o EP “Is that Clear”(2011), Waterhouse lançou esse ano o álbum “Time’s all Gone”. Vale colocar aquele casaquinho de vovô, um filme P&B de fundo e dançar freneticamente ao som de “Some Place”.

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