11.5.13

Eles querem… E nós também!



“Parace que foi ontem, mas já faz tanto tempo…”. O trecho inicial da canção de Itamar Assumpção encartada no disco Intercontinental, de 1988, dá uma boa medida de como parece recente, e ao mesmo tempo já distante, a última apresentação do Nouvelle Vague, no Rio de Janeiro.

Há oito meses, o grupo francês apresentou, sob a lona do Circo Voador, o musical "Dawn Of Innocence" concebido pelo estilista Jean-Charles de Castelbajac e inspirado no livro “A história do olho”, de Georges Bataille, (um conto erótico recheado de perversões, lançado em 1928).

O luxuoso espetáculo reunia 18 músicas do repertório do Nouvelle dentro de uma atmosfera soturna e erótica, com os dois pés no burlesco, utilizando-se de figurinos em cores extremamente vívidas que são uma marca de Castelbajac conhecido por sua estética pop e colorida - vide o vestido de sapos de pelúcia que causou tanto alvoroço no corpo de Lady Gaga.

A data do próximo show, em setembro, é parte de mais uma campanha do bem sucedido projeto Queremos que deseja concretizar apresentações inéditas do Nouvelle Vague nas cidades de Curitiba e Fortaleza e também no excelente palco do Imperator, no Rio, sempre com a ajuda e divulgação dos “empolgados”.

Desta vez, a banda deve trazer um show um pouco mais intimista, em formato acústico e bossa-novista, que serve perfeitamente à estética que o Nouvelle arquitetou em quase dez anos de estrada interpretando clássicos do new wave e do punk rock de bandas como Clash, Blondie, Joy Division e Depeche Mode.

Mas até lá algumas novidades podem surgir. Marc Collin, um dos criadores do grupo, sinalizou na sua última passagem pelo Brasil que o Nouvelle quer se reiventar num novo trabalho interpretando “covers de si mesmo”. Vai saber o que isto quer dizer… O que se pode imaginar é que o disco, com previsão de lançamento para os próximos meses, deve seguir o tom noir, elegante e sensual que é a marca inconfundível do Nouvelle Vague.

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